terça-feira, 5 de junho de 2012

Enfoques de Triviños


Sistematizando três enfoques na Pesquisa em Ciências Sociais: O positivismo, a fenomenologia e o Marxismo, do livro "introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação". Augusto Nibaldo Silva Triviños

ENFOQUES
POSITIVISMO
Até hoje
Augusto Comte – 1798-1857
FENOMENOLÓGICO
Finais dos anos de 1970
Edmund Husserl – 1859-1938
MARXISTA/DIALÉTICO
MATERIALISMO HISTÓRICO
Karl Marx – 1818-1883

·  Mecânico;
·  Alheio;
·  Opaco;
·  Estéril;
·  Quantificativo;
·  Estatístico;
·  Tecnicista;
·  Verificável, desde que operacionalizado;
·  Cria-se estratégias: questionários, amostragens...;
·  Busca da explicação dos fenômenos;
·  Submissão da imaginação à observação;
·  Ver para prever;
·  Estuda os fatos;
·  Defende a neutralidade das ciências;
·  Considera a realidade por partes isoladas;
·  Estudo dos fatos isolados, individual e separado dos contextos (dissertações individuais);
·  Sem reflexão aprofundada das causas;
Usa o dado estatístico apenas como uma informação.
·   Ausência de interpretações da realidade;
·   Modo de ver os dados;
·   O fenomenologista tem a intenção de conhecer o objeto, os dados;
·   Não aborda os conflitos das classes e as mudanças estruturais – apenas conhece, questiona, pergunta – fica no subjetivo;
·   Por isto, estudo das essências;
·   Pensa o mundo através da sala;
·   Não discute a historicidade dos fenômenos;
·   A visão a-histórica a torna conservadora – o mesmo que positivismo;
·   Fica no mundo das ideias...

“O fenomenólogo estuda a realidade com o desejo de descrevê-la, de apresentá-la tal como ela é, em sua experiência pura, sem o propósito de introduzir transformações substanciais nela” (p. 47).
·  Olha para a história dialeticamente;
·  Análise da realidade;
·  Valoriza a consciência;
·  Consciência enquanto produto da matéria;
·  A realidade existe independente da consciência;
·  Interpretação dialética do mundo;
·  Estuda a vida em sociedade;
·  Ressalta a força das idéias;
·  Destaca a ação dos partidos políticos;
·  Destaca os grupos humanos;
·  Olha o homem na maneira de pensar, sofrer e intervir na sociedade;
·  Esclarece conceitos:
     - ser social;
     - consciência social;
     - meios de produção;
     - forças produtivas ;
     - relações de produção;
     - modos de produção.

Violência e bullying nas escolas


ARTIGOS:
NOGUEIRA, Ione da Silva Cunha. A violência nas escolas e o desafio da educação para a cidadania. http://www.anped.org.br/reunioes/23/textos/0506p.PDF
NOGUEIRA, Rosana Maria César del Picchia de Araujo. A prática de violência entre pares: o bullyng nas escolas. Revista Iberoamericana de educación. Nº 37 (2005), PP. 93-102 - http://www.rieoei.org/rie37a04.pdf
SOUZA, Mirian Rodrigues de. Violência nas escolas: causas e conseguências. Caderno Discente do Instituto Superior de Educação – Ano 2, n. 2 – Aparecida de Goiânia – 2008. http://www.unifan.edu.br/files/pesquisa/Artigo%20VIOL%C3%8ANCIA%20NAS%20ESCOLAS%20-%20CAUSAS%20E%20CONSEQU%C3%8ANCIAS.pdf

LIVROS:
DEBARBIEUX, Éric e BLAYA, Catherine (Orgs.). Violência nas Escolas: dez abordagens européias. http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001287/128722por.pdf
UNESCO-Brasil. Lidando com a violência nas escolas: o papel da Unesco/Brasil. http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001322/132251por.pdf
SILVA, Maurício da. Violência nas escolas, caos na sociedade. http://www.evirt.com.br/violencia/index.htm
ABRAMOVAY, Miriam e RUA, Maria das Graças. Violências nas escolas. Brasília: UNESCO, Coordenação DST/AIDS do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça, CNPq, Instituto Ayrton Senna, UNAIDS, Banco Mundial, USAID, Fundação Ford, CONSED, UNDINE, 2002. http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001257/125791porb.pdf ou ler a versão resumida. BrasÌlia: UNESCO Brasil, REDE PITÁGORAS, 2002. http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001339/133967por.pdf
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Enfrentamento à violência nas escolas. Superintendência da Educação; Diretoria de Políticas e Programas Educacionais; Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED, 2008. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/tematico_violencia_vol2.pdf

REPORTAGENS SOBRE BULLYNG NAS ESCOLAS:
Revista do Projeto Pedagógico. IV - Orientação aos gestores das unidades escolares - Bullyng Escolar: O Outro Lado da Escola. http://www.udemo.org.br/RevistaPP_04_06Bullyng.htm
MARINI, Elaine. O que é bullyng? http://eduquenet.net/bullyng.htm
MARTINS, Vicente. Como acabar com a violência na Escola. http://eduquenet.net/violencia02.htm
MARTINS, Vicente. Delinqüência juvenil e leitura. http://eduquenet.net/delinquenciaeleitura.htm

SANTOMAURO, Beatriz. Cyberbullying: a violência virtual. Revista Nova Escola. http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/cyberbullying-violencia-virtual-bullying-agressao-humilhacao-567858.shtml

CAVALCANTE, Meire. Como lidar com brincadeiras que machucam a alma. Revista Nova Escola. http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/como-lidar-brincadeiras-431324.shtml

MARTINS, Ana Rita. Bullying contra alunos com deficiência. Revista Nova Escola. http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/chega-omissao-bullying-deficiencia-preconceito-prevencao-necessidades-educacionais-especiais-518770.shtml

WADA, Célia. Bullyng – perigo nas escolas e em todo o meio ambiente. CMQV. http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=16265
MARANHÃO, Magno de Aguiar. Violência nas escolas: o que fazer? O Globo. http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2008/09/05/violencia_nas_escolas_que_fazer_-548099041.asp
Revista Nova Escola. Bullying, um problema que merece tradução. http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/bullying-problema-merece-traducao-475045.shtml

VÍDEOS:
  1. http://www.youtube.com/watch?v=Jzm4IYqdhvQ
  2. http://www.youtube.com/watch?v=i6t0XO4lhsQ
  3. http://www.youtube.com/watch?v=ZFn1jUo6HR8
  4. http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=62815&channel=49 – o caminho dos tolos
  5. http://www.youtube.com/watch?v=W01H55c90Uo – O martelo e a pedra
  6. http://www.youtube.com/watch?v=T_xZtKVkDfU – Bang bang você morreu
  7. http://www.youtube.com/watch?v=P9Cxt9MIOOs - Bullying - Provocações sem limites – trailer
  8. http://www.youtube.com/watch?v=nQOMg9FNRG4 – Bullying - Provocações sem limites – parte 1
  9. http://www.youtube.com/watch?v=O2UnJM3owKI – Bullying - Provocações sem limites – parte 2
  10. http://www.youtube.com/watch?v=yB3ShdheZd4 – Bullying - Provocações sem limites – parte 3

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO:
 PEREIRA, Maria Auxiliadora. Violência nas escolas: visão de professores do ensino fundamental sobre esta questão. Dissertação de Mestrado. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-21052004-142723/pt-br.php

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Violência escolar: desafios pedagógicos no mundo globalizado

Elias Canuto Brandão

Apontamentos realizados no minicurso por ocasião da “IX Jornada de Pedagogia”, da Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí-PR (FAFIPA), em 21 de setembro de 2010, com a participação de professores da Rede Estadual e acadêmicos da FAFIPA.


Resumo
A proposta do minicurso é discutir a “violência escolar: desafios pedagógicos no mundo globalizado” ultrapassando a discussão da violência em si. O “desafio” é debatê-la observando e analisando as possibilidades “pedagógicas” contemporâneas, considerando as relações e diferenças sociais em um “mundo globalizado” que transforma educadores, educandos e trabalhadores em mercadorias. O minicurso dar-se-á por meio da dialética, com provocações suntuosas, levando os participantes a serem protagonistas da discussão, visto fazerem parte da sociedade e das violências sociais que atingem todos os espaços urbanos e rurais. Entre outras questões, discutiremos: Os educadores estão preparados para os desafios da violência social? Ao deparar-se com situações conflituosas, o que fazer? Violência e bullying. Quando a violência é bullying?

Palavras-chave: Violência escolar; desafios pedagógicos; mundo globalizado.

PROVOCAÇÕES INICIAIS:
·         Quando e porque determinada situação pode ser considerada violência escolar?
·         O que leva a uma determinada violência escolar e como pode ou poderia ser evitada?
·         O que o Estado, via instituição de ensino, deve fazer em relação à violência?
·         Segurança (polícia) na escola resolve a violência?
·         Qual o papel da polícia?
·         A partir de que idade a polícia pode ser chamada para contenção de sujeitos estudantes?
·         Como educadores, já paramos coletivamente para discutir a violência no âmbito da escola?
·         A instituição de ensino já realizou levantamento dos tipos de violências e quem são os sujeitos?
·         Como se comportam os sujeitos intitulados violentos?
·         Como enxergam e tratam as crianças, adolescentes e jovens que apresentam comportamentos anti-sociais?
·         Qual a estrutura familiar das pessoas violentas – a escola conhece?
·         A quais políticas sociais a escola é submetida?
·         Quando a violência é bullying?

TIPIFICAÇÕES DAS VIOLÊNCIAS:
  • Institucional (Estado, instituições de ensino),
  • Social (perca de valores),
  • Física (agressões),
  • Psicológica/moral (intimidações, ameaças...).

TIPOS DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS E FORA DELA:
  • Agressão física e psicológica,
  • Intimidação por palavras ou por comportamento,
  • abuso de autoridade,
  • prepotência...

INDISCIPLINA NA ESCOLA:
  • Pode ser resultado da ausência de metodologia de ensino;
  • Levando ao desinteresse pelo assunto;
  • Proveniente, talvez, de aulas preparadas rapidamente;
  • Resultado, talvez, da falta de tempo do educador que acaba reproduzindo conteúdos impostos verticalmente pelo Estado, por meio de livros didáticos pré-elaborados e paradidáticos;
  • Reação ao tipo de relação professor-aluno;
  • Pode ser conseqüência do não saber ouvir um ao outro (alunos e professores).

Tratando-se de “aluno indisciplinado”, vale ler a decisão judicial divulgada AQUI. http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/46777.shtml

O BULLYNG:
Bullyng são atitudes agressivas, repetidas, constantes e intencionais, por vezes sem motivação aparente, praticadas contra outro ou outros.
Formas de bullyng: tapas constantes, agressões, ameaças, beliscões, insultos, humilhações, apelidos...
O bullyng faz faz a vítima sofrer calada, tornando-a apática e até introvertida, fechada e tímida.
Conseqüências do bullyng: a vítima passa a ter medo, fica angustiada, é atingida psicologicamente, ao ponto do suicídio.

AÇÕES QUE PODEM EVITAR A CONTINUIDADE DAS VIOLÊNCIAS:
  • Aproximar-se dos “diferentes” para conhecê-lo por dentro;
  • Criar espaços de diálogos na escola;
  • Trabalhar a alteridade: liberdade, responsabilidade dos direitos e deveres...;
  • Envolver a comunidade na escola com atividades sociais, sob orientação de profissionais custeados pelo Estado, não nos moldes do programa “amigo da escola”, onde se desenvolva: esporte, capoeira, dança, culinária, cursos de salgados, pintura..., visitas a pontos históricos e outros;
  • Discutir e definir o papel do educador na escola como transformador e não assistencialista ou bombeiro;
  • Escola: diagnosticar as formas de violência que atinge sua comunidade e propor ações políticas e pedagógicas, envolvendo a comunidade.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

MEMÓRIA HISTÓRICA E TEATRO DE BONECOS

MINI-CURSO:
Memória histórica e teatro de bonecos: uma política de abordagem cultural na educação dos trabalhadores rurais
Dias: 09, 10, 11 e 15 de agosto - primeiro grupo;
Dias: 12 e13 de outubro de 2007 - segundo grupo.
Assessoria:
Ministrantes: Profª. Maria Aparecida Cecílio e Profº Elias Canuto Brandão
Produção Áudio-Visual: Profº Ronaldo Rodrigues Cardoso
Fotografia: Amanda Vinci de Souza Neto
Participantes: Alunos da Escola Milton Santos - 56 estudantes
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O Mini-curso "Memória histórica e teatro de bonecos: uma política de abordagem cultural na educação dos trabalhadores rurais" foi realizado em duas etapas com turmas distintas, na Escola Milton Santos, com a participação de 28 pessoas em cada etapa (total de 56 participantes).
Os participantes escreveram suas histórias usando recursos de linguagem como poesia e música, retratando a realidade imediata da vida cotidiana em locais como: acampamento, assentamento, brigada, escola, ocupação... As histórias foram lidas por seus autores nos grupos de trabalho.
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Tempos de Trabalho:
Primeiro: desenhar em papel, o personagem protagonista de cada história expondo-o publicamente;
Segundo: preparar materiais para confecção de bonecos/fantoches;
Terceiro: construir os bonecos dos personagens retratados;
Quarto: confeccionar as roupas.
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Para a construção de 29 bonecos:
* 14 rolos de papel higiênico, de 30 metros, de pior qualidade;
* 5 litros de água;
* 14 colheres com farinha de trigo (colher de sopa – cheia);
* 7 colheres de vinagre (colher de sopa).
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METODOLOGIA:
  • * Dissolver o trigo em um pouco de água fria transformando-o em mingau;
  • Despejar o mingau nos 5 litros de água em fervura, acrescentando-se 7 colheres de sopa de vinagre, mexendo para não encaroçar, até que se torne caldo transparente = cola para bonecos;
  • À parte, outra equipe dissolve os rolos de papel higiênico em uma bacia de água até virar papa;
  • Depois de dissolvido, espremer o papel em um pano retirando toda a água;
  • Despejar a cola para bonecos, aos poucos, sobre o papel dissolvido e cuidadosamente amassar com as mãos para obtenção de uma massa de moldagem de bonecos;
  • Cada participante do curso apodera-se de um pedaço de cabo de vassoura (aproximadamente de 40 cm) encaixado em uma lajota com o orifício calcado com papel jornal amassado. Na ponta do cabo, colocar um bolo de jornal, cobrindo-o com outro papel jornal aberto, travando-o com barbante ou fita adesiva, moldando-o no formato de cabeça;
  • Cobrir – com a massa de moldagem de bonecos – o papel jornal envolto no cabo de vassoura no personagem do desenho anteriormente pensado;
  • Ao terminar a moldagem do boneco, com todos os detalhes de caracterização dos personagens: pescoço (com borda para fixação da roupa), orelhas, boca, nariz, queixo..., levar ao sol para secagem;
  • Ao mesmo tempo em que os bonecos secam, os participantes do curso confeccionam as roupas a serem utilizadas, preparando as peças teatrais (texto, falas, mímicas, brincadeiras, músicas...) e o cenário das apresentações, como faixas, tablóide, rio, acessórios de pescaria, veículos, bandeiras, bonés... Para o cenário utilizou-se: caixas de papelão, tecidos e todo tipo de reciclável;
  • Após a secagem os bonecos foram pintados com base branca e retornam para secagem. Em seguida receberam tintura da cor de pele do personagem protagonista e definição de olhos e bocas. Acrescentou-se cabelo, barba, bigode, vestuário...· Com o boneco construído, as equipes realizaram exercícios/treinamentos de voz, comportamentos gestuais...
  • A apresentação da peça elaborada não ultrapassou 10 minutos em cada equipe, podendo cada encenação ser dividida por partes (cenas).· Caracterizados os gestos e a voz dos personagens é hora de colocá-los para contracenar. Na apresentação da primeira etapa (que ocorreu no terceiro dia do curso para a Turma 1 - I Etapa), participaram sete equipes com duração de aproximadamente uma hora.
Avaliação da primeira etapa
Os participantes disseram que por ter sido a primeira vez que realizaram um teatro elaborando todo o processo: preparação e treinamento, o mini-curso foi bom e as apresentações também. Adiantaram que o importante é que o aprendido poderá ser realizado na comunidade onde participam.
Apreciação da segunda etapa
Os participantes falaram do processo de estranhamento que vivenciaram ao perceberem que são sujeitos da história o que provocou o compromisso na elaboração do trabalho, apesar da chuva, da falta de condições materiais adequadas e do horário “apertado” com múltiplas atividades. Manifestaram a importância do aprendizado para o trabalho junto às comunidades de acampados e assentados.
Na 2ª etapa do Curso
, dias 12 e 13 de outubro de 2007, participaram os estudantes do Curso Técnico em Agroecologia - pós-médio - "V Etapa".
As etapas foram fotografadas e filmadas para produção de documentário em DVD para acervo da Escola Milton Santos.
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OBSERVAÇÃO FINAL:
Após as apresentações, lembramos que um rolo de papel higiênico de 30 metros de pior qualidade dissolvido na água e torcido em pano, dá para confeccionar dois bonecos. Para o procedimento, dissolver 1 colher bem cheia de farinha de trigo ou maizena e uma colher rasa de vinagre em 350 ml de água. Levar ao fogo brando (mexendo sempre) até que o caldo fique transparente. Em seguida tirar do fogo e esfriar um pouco, misturando a cola preparada com o papel higiênicos dissolvido. O processo seguinte é montar o boneco ou qualquer outro tipo de personagem ou animal queira fazer com o produto preparado.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

ORGANIZAÇÃO E MOVIMENTO: FREDH E DIREITOS HUMANOS

FREDH – Fórum Regional de Entidades de Direitos Humanos
Dr. Elias Canuto Brandão
  • Apresentação realizada no dia 22/09/2007, na “V Jornada de Estudos de Políticas Públicas”, organizada pela Área de Políticas Públicas e Gestão Educacional – DTP; Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão Educacional; Projeto de Ensino: Políticas e Gestão no Brasil: Educação no e do campo; Coletivo de Educadores da Escola Milton Santos-MST.
  • Jornada realizada na Escola Milton Santos-MST, com a participação de aproximadamente 200 pessoas (acadêmicos, professores e lideranças sociais).
  • A apresentação encontra-se em slaids, podendo ser disponibilizada, desde que solicitada ao autor: canutobrandao@hotmail.com
Para entender o FREDH é necessário entender o que seja Direitos Humanos.
Direitos Humanos são os direitos pertinentes a todos os cidadãos independente do país e localidade em que se resida.
DIREITO a:
* Moradia, saúde, emprego, educação;
* Liberdade de expressão e locomoção...
HISTÓRIA DOS DIREITOS HUMANOS:
* Em 1700 a.C., encontramos noção de Direitos Humanos, no Código de Hammurabi, ao mencionaram leis de proteção aos fracos;
* No século XVIII, na Declaração de Independência dos Estados Unidos, ao exporem as razões da separação, PRESCREVE:
“Sempre que qualquer forma de governo tentar destruir esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-lo ou aboli-lo e instituir um novo governo”.
* Ainda no Século XVIII, a Revolução Francesa criou a Declaração dos direitos do homem e do cidadão, apontando que o Estado é obrigado a respeitar e garantir os direitos humanos.
* em 1948, devido as atrocidades, genocídio e barbaridades da Segunda Guerra Mundial, nenhum documento foi tão longe e tão amplo quanto a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada na Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro, aceita por 148 países.
OUTROS DOCUMENTOS APÓS 1948:
1. Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Conferência de Teerã, em 1968);
2. Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial;
3. Convenção contra Discriminação da Mulher;
4. Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e;
5. Convenção sobre os Direitos da Criança;
6. Pacto de San José da Costa Rica sobre os Direitos Humanos, vigente desde 1978;
7. Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas.
OS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL
* Década de 1960: organizações populares no campo e cidade, organizações políticas...;
* 1964: Golpe militar (prisões, perseguições, assassinatos, desaparecidos políticos...;
* 1985: Reabertura democrática;* 1988: Nova Constituição – “Todos são iguais perante a Lei”;
* início do século XXI. O Brasil, apesar de signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, continua sendo um dos que mais desrespeita os Direitos Humanos políticos, sociais, econômicos, culturais, étnicos e religiosos, recebendo constantes advertências da ONU.
60 ANOS DEPOIS DA DUDH:
* 60 anos após a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), pouco temos a comemorar devido ao descaso para com os direitos humanos contidos na Declaração.
* São milhões de pessoas morrendo anualmente nos cinco continentes, vítimas da guerra, da fome e da intolerância dos governantes;
* São pessoas torturadas, assassinadas, escravizadas, violência policial, polícia corrompida, achatamento salarial...;
* Aproximadamente 200 famílias no mundo concentrando 50% de toda riqueza, em detrimento de milhões de pessoas que passam fome, não tem trabalho, moradia, pátria e direito de viver.
CONTINUA AS VIOLAÇÕES:
* Os seqüestros, assassinatos, torturas, execuções sumárias, corrupção, tráfico de drogas, despejos, falta de habitação, prisões desumanas e sem ordem judicial ...
* O maior violador dos Direitos Humanos no mundo, é o Estado.
SURGIMENTO DOS MOVIMENTOS E REDES DE DIREITOS HUMANOS
Não diferente de outros países, o desrespeito aos DH resulta no surgimento de vários movimentos e organizações não-governamentais, alguns educativos e outros de Defesa dos Direitos Humanos:
• CDHs, Núcleos, Coletivos, Comissões...;
• MNDH, Fóruns, Comitês, Redes...
OBJETIVOS DOS MOVIMENTOS E REDES:
* Denunciar o desrespeito aos direitos humanos: violações, torturas, genocídios, violências, desaparecimentos...
* HÁ QUEM NÃO GOSTE E, POR NÃO GOSTAR, DIZEM: São pessoas que só defendem ladrão.
É O CASO DO FREDH - (Fórum Regional de Entidades de Direitos Humanos) de Maringá e Região:
* FREDH: é fotografia da exposição.
* É um Fórum de Entidades que desenvolvem ações de Direitos Humanos nas mais diferentes áreas:
* Criança e adolescente, AIDS, vítimas da violência policial, autistas, profissionais do sexo...
OBJETIVO DO FREDH:
* Provocar a reunião das entidades que desenvolvem ações de Direitos Humanos para – coletivamente – estudarem, trocar idéias, socializar informações e conhecimento, pensando ações conjuntas.
* As Reuniões são realizadas com um CAFÉ DA MANHÃ.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NO PNEDH

Encontra-se abaixo parte da exposição que realizei no dia 10 de setembro sobre o Educação em Direitos Humanos no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos.
Elias Canuto Brandão
Doutor em Sociologia, escritor e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas e Gestão Educacional (GEPPGE), da Universidade Estadual de Maringá/PR (UEM)
Conselheiro Nacional e coordenador no Paraná do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH)
E-mail: canutobrandao@hotmail.com - (44) 9952-0877
Os dados foram extraídos de livros, revistas, documentos oficiais, jornais escritos e televisão

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS PASSA PELO CONHECIMENTO:
  • instrumentos nacionais, internacionais;
  • convenções, acordos e pactos;
  • cartas de intenções e programas;
  • planos nacionais e estaduais;
  • legislações, decretos e recomendações;
  • estatutos, constituições e Leis Orgânicas...

ONDE OCORREM AS VIOLAÇÕES?

  • No campo dos direitos civis e políticos;
  • Na esfera dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais: saúde, educação, moradia, lazer, meio ambiente saudável, saneamento básico, segurança pública, trabalho e diversidades cultural e religiosa, entre outras;
  • Na degradação da biosfera;
  • Na generalização dos conflitos;
  • No crescimento da intolerância étnico-racial, religiosa, cultural, geracional, territorial, físico-individual, de gênero, de orientação sexual, de nacionalidade, de opção política, dentre outras.

DESCOMPASSOS E DESIGUALDADES - Há claro descompasso entre o que o governo diz fazer ou ter feito e a realidade concreta da efetivação dos direitos:

  • Concentração da riqueza;
  • Desigualdade e exclusão econômica e social, étnico-racial, cultural e ambiental - violações rotineiras;
  • Muitas políticas públicas deixam em segundo plano os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais.

DADOS NUMÉRICOS - Dos 50 milhões de jovens no Brasil, em 2007:

  • Apenas 11% até 29 anos freqüentam uma universidade;
  • 27% não estudam nem trabalham e 3% são analfabetos;
  • 18 milhões e meio até 24 anos estão fora da escola;
  • Quase metade dos desempregados no Brasil é jovem (45,45%);
  • 4,5 milhões de jovens considerados em estado de risco;
  • Mais da metade dos jovens brasileiros não pratica atividades físicas;
  • ÍNDICES DE CRIMINALIDADE: Em média são 30% menores nos locais onde existem programas de apoio ao esporte;
  • 6 milhões de jovens prestam serviços voluntários.

POPULAÇÃO INFANTO-JUVENIL - O Brasil tem mais de 60 milhões de crianças e adolescentes. São quase 40% da população total:

  • +/- 23 milhões de crianças entre 0 a 6 anos;
  • +/- 27 milhões de crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos;
  • Mais de 10 milhões de adolescentes entre 15 e 17 anos.

Dos quase 40% da população total de crianças e adolescentes:

  • A maioria está nas regiões Norte e Nordeste;
  • Em menor quantidade nas regiões Sul e Sudeste.

ONDE VIVEM

  • A grande maioria das crianças e adolescentes (quase 80%) vive em áreas urbanas.

SITUAÇÃO EDUCACIONAL DAS FAMÍLIAS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES:

  • Mais de 45% (quase 30 milhões) têm mães com pouca ou nenhuma escolaridade, ou completado apenas os quatro primeiros anos do ensino fundamental.

DEFICIÊNCIA VISUAL:

  • De acordo com o UNICEF, quase 3 milhões ou quase 5% das crianças e dos adolescentes de 0 a 17 anos apresentam incapacidade ou grande dificuldade permanente em enxergar.

CARACTERÍSTICAS DOS DOMICÍLIOS:

  • Mais de 17% das crianças e dos adolescentes vivem em domicílios sem abastecimento de água no domicílio;
  • Quase 20% não têm acesso à rede geral de esgoto, fossa séptica ou rudimentar;
  • Mais de 20% não possuem geladeira ou freezer;
  • Mais de 60% não têm telefone e;
  • Quase 90% não possuem computador em casa.

Todas estas características influenciam na VIDA SOCIAL, POLÍTICA e ECONÔMICA de cada criança, adolescente, jovens, pais ou responsáveis.